José de Ribera, "La mujer barbuda", Casa Ducal Medinaceli, Palacio Tavera, Toledo
"Aquelas maneirinhas excitavam o padre - e com os braços erguidos, a voz cálida:
- Salte, salte!
Ela então fez voz de mimo:
- Ai, tenho medinho! tenho medinho...
- Salte, menina!
- Lá vai! gritou ela bruscamente.
Saltou, foi cair-lhe sobre o peito com um gritinho. Amaro resvalou, firmou-se - e sentindo entre os braços o corpo dela, apertou-a brutalmente e beijou-a com furor no pescoço
Amélia desprendeu-se, ficou diante dele, sufocada, com a face em brasa, compondo na cabeça e em roda do pescoço, com as mãos trêmulas, as pregas da manta de lã. Amaro disse-lhe:
- Ameliazinha!"
[....]
Eça de Queirós; O Crime do Padre Amaro