sexta-feira, janeiro 09, 2004

Saudades. De casa, de quem amamos, de brincar, de ser criança, de ser irresponsável, de amar, de alguém que nos fez bem, de alguém que nos magoou, da palmada da mãe, do beijo da mãe, do olhar do pai, das histórias do pai, do chapéu do avô, dos olhos da avó, da panela de ferro no fogo, do barroco de granito, do cão, das galinhas, da aspirina com açúcar, da irmã que me roía as unhas, das aulas “chatas”, de jogar à bola no recreio, dos bons professores e dos loucos, da horta, da ribeira, dos burros, do tear, do frio, do calor, das histórias de lobisomens, do leite ainda quente da vaca, dos amigos de infância, dos novos amigos, dos livros dos Cinco, dos Sete, do Verne e do Dumas.

As memórias alimentam a saudade, o tempo engorda-a e eu cultivo-a.


P.S. Precisei de uma desculpa para "publicar" esta fotografia, se a memória não me trai, é a primeira de Lartigue, andava louco para a colocar no blog

NE: Mais outro transplante, fiz-lhe umas enxertias, para se ambientar a este habitat mais estéril