Os dois sonetos de amor da hora triste
II
"Não um adeus distante
ou um adeus de quem não torna cá?,
nem espera tornar. Um adeus de até já,
como a alguém que se espera a cada instante.
Que eu voltarei. Eu sei que hei-de voltar
de novo para ti, no mesmo barco
sem remos e sem velas, pelo charco
azul do céu, cansado de lá estar.
E viverei em ti como um eflúvio, uma recordação.
E não quero que chores para fora,
amor, que tu bem sabes que quem chora
assim, mente. E, se quiseres partir e o coração
to peça, diz-mo. A travessia é longa... não atino
talvez na rota. Que nos importa, aos dois, ir sem destino."
Álvaro Feijó
Nota do Editor: Estou a continuar as arrumações, desta vez, é um daqueles louceiros com prateleiras de vidro... Fragil-handle with care
II
"Não um adeus distante
ou um adeus de quem não torna cá?,
nem espera tornar. Um adeus de até já,
como a alguém que se espera a cada instante.
Que eu voltarei. Eu sei que hei-de voltar
de novo para ti, no mesmo barco
sem remos e sem velas, pelo charco
azul do céu, cansado de lá estar.
E viverei em ti como um eflúvio, uma recordação.
E não quero que chores para fora,
amor, que tu bem sabes que quem chora
assim, mente. E, se quiseres partir e o coração
to peça, diz-mo. A travessia é longa... não atino
talvez na rota. Que nos importa, aos dois, ir sem destino."
Álvaro Feijó
Nota do Editor: Estou a continuar as arrumações, desta vez, é um daqueles louceiros com prateleiras de vidro... Fragil-handle with care
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