quarta-feira, dezembro 31, 2003

Hic Sit Est - Sit Tibi Terra Leuis


Nota do Editor: Que a terra te seja leve, 2003

terça-feira, dezembro 30, 2003

Hoje vou acabar o livro que está por ler desde Março. Arrumei-o, marquei-o com um recibo da FNAC e tem estado sempre à mão. Era o livro que lia quando a minha vida mudou, quero fazê-lo ainda neste ano que é o da minha proto-história.



Nota do Editor: Porra, tinha logo de ser este!!!!

segunda-feira, dezembro 29, 2003

Pietà
Aperta-me, satura-me, por mais que a afaste, abraça-me mais e mais, tem braços grossos e cinzentos, não consigo fugir, estou aqui, à tua mercê, faz de mim o que quiseres, Vade Retro.

Nota do Editor: d' Avignon

domingo, dezembro 28, 2003

Catarse
Como vou conseguir suportar a morte dos meus pais, é uma perda de uma dimensão incálculavel, a dor não pode ser medida, sente-se e sente-se e sente-se e parece que nunca vai acabar, até que nos habituamos a ela, e arrumamo-la num "cantinho" da nossa memória, como algo de secreto e precioso, que só nós é que sabemos onde está.



N.E. Porque depois da melancolia pode vir a tristeza... e um Corregio é um Corregio...



Melencolia de Dürer e beleza de Louise Brooks.
NE: Hoje é melancolia...
Meu querido blog
O meu sonho era sonhar contigo, estar junto a ti e abraçar-te, sentir esse calor, ver para lá dos teus olhos e sonhar, meu Deus, sonhar...


sábado, dezembro 27, 2003



NE: A Masterpiece!
"Existe alguma coisa melhor do que ter alguém com quem te atrevas a falar como contigo mesmo?"
Cícero



NE: Anda a ver se substitui o Amor pela Amizade... está tramado...

sexta-feira, dezembro 26, 2003

Podem ficar com o beijo... dêem-me o abraço.



P.S."Não há nada melhor
Que amar e ser amado."

"Não há nada melhor que" sentirmo-nos abraçados.

NE: Carências...
"Estou a ver o Harry na TVI. Estou com muitas saudades tuas. Amo-te muito..."

Recebi este sms às 21h45, conheço a mulher que o enviou, não posso ser o legítimo destinatário, só pode ter sido um engano... de qualquer forma, fez-me bem, parecia uma criança; não respondi... não devia... era amor alheio.

Nota do Editor: No último sms que lhe enviei, há uns meses, afirmei que ela era linda. E é...

quinta-feira, dezembro 25, 2003

Hoje saboreei um vinho do Douro de 1871, um generoso da Quinta do Loureiro, 132 anos de néctar. O Século XIX é delicioso!
Nota do Editor: O meu pai é muito grande!
"Nenhum homem é pobre quando tem amigos"


NE: Este é o meu filme de Natal

segunda-feira, dezembro 22, 2003

Não consigo deixar de chorar quando me vejo no último Post.
NE: Mais uma vez, MUITO OBRIGADO!*
Hoje, mais uma vez, a minha Ritinha tocou-me. Disse-me a coisa mais bonita que ouvi até hoje. Disse que a imagem que tinha minha como pai, era eu a chorar com um filho ao colo. As lágrimas eram de alegria...



Nota do Editor: OBRIGADO!!!!!
"(...)O respeitável ancião, com o seu capuz até aos olhos, todo salpicado de neve, as mãos escondidas nas largas mangas de frade, o olho maganão e jovial, esgarça a boca num riso de felicidade sem-fim, e as suas enormes barbas de algodão pendem-lhe até aos pés.

Todas as crianças o querem abraçar, e ele não se recusa, porque é indulgente.

E quanto mais a ceia se anima, mais o seu patriarcal riso se escancara; as bochechas reluzem-lhe de escarlates, as barbas parecem crescer-lhe, e ali está, bonacheirão e venerável, com a importância de um Deus tutelar e amado, como a encarnação sacramental da alegria doméstica.

E no entanto fora, na neve, as pobres crianças cantam as loas: e com vigor as cantam! É que elas sabem que não serão esquecidas: e que daqui a pouco a grade se abrirá, e virá um criado, vergando ao peso de toda a sorte de coisas boas, peças de carne, empadas, vinho, queijos – e mesmo bonecas para os pequenos; porque Santo Claus é um democrata, e, se enche os seus alforges para os ricos, gosta sobretudo de os ver esvaziados no regaço dos pobres.

Tudo isto é encantador. Mas tire-se-lhe a neve, e fica estragado. O Natal com uma lua cor de manteiga a bater numa terra tépida de Primavera, torna-se apenas uma data no calendário. O lume não tem poesia íntima; não há loas; Santo Claus não vem; o papá Natal parece um boneco insípido; não se colhe o mistletoe. Não há mesmo a alegria de abrir a janela, e pôr no rebordo, dentro duma malga, a ceia de migalhas do Natal para os pardais e para os outros passarinhos, que tanta fome sofrem pelas neves. Enfim não há Natal! Foi o que sucedeu este ano...

Resta a consolação de que os pobres tiveram menos frio. E isto é o essencial; pensando bem, se nas cabanas houve mais algum conforto, e se se não tiritou toda a noite entre quatro farrapos, é perfeitamente indiferente que nos castelos as damas bocejassem.

Nem eu sei realmente como, a ceia faustosa possa saber bem, como o lume do salão chegue a aquecer – quando se considere que lá fora há quem regele, e quem rilhe, a um canto triste, uma côdea de dois dias. É justamente nestas horas de festa íntima, quando pára por um momento o furioso galope do nosso egoísmo - que a alma se abre a sentimentos melhores de fraternidade e de simpatia universal, e que a consciência da miséria em que se debatem tantos milhares de criaturas, volta com uma amargura maior. Basta então ver uma pobre criança, pasmada diante da vitrine de uma loja, e com os olhos em lágrimas para uma boneca de pataco, que ela nunca poderá apertar nos seus miseráveis braços - para que se chegue à fácil conclusão que isto é um mundo abominável. Deste sentimento nascem algumas caridades de Natal; mas, findas as consoadas, o egoísmo parte à desfilada, ninguém torna a pensar mais nos pobres, a não ser alguns revolucionários endurecidos, dignos do cárcere e a miséria continua a gemer ao seu canto!

Os filósofos afirmam que isto há-de ser sempre assim: o mais nobre de entre eles, Jesus, cujo nascimento estamos exactamente celebrando, ameaçou-nos, numa palavra imortal, que teríamos sempre pobres entre nós. Tem-se procurado com revoluções sucessivas fazer falhar esta sinistra profecia – mas as revoluções passam e os pobres ficam. (...)"


"O Natal", in Cartas de Inglaterra, Eça de Queirós



Nota do Editor: Um ESCRITOR é intemporal.
Queria desejar um Feliz Natal para a C., extensível à família, mas não consigo, não me sinto no direito de perturbar, de algum modo, uma família que já não é a minha mas que continuo a amar muito! Muito mais do que desejava.

N.E: Está dito, agora talvez consiga enviar um mail...

A Vénus de Milo, um ícone da arte ocidental, não está neste blog por acaso, é a estátua mais bela que senti, não há explicação para a emoção que despertou em mim quando a vi num átrio do Louvre, é paixão, beleza, pureza, harmonia, perfeição, fui embalado...

Nota do Editor: Isto de adorar estátuas, tem destas coisas...


Nota do Editor: É uma mulher... e foi amor à primeira vista.

sábado, dezembro 20, 2003

AMIZADE
"De mais ninguém, senão de ti, preciso:
Do teu sereno olhar, do teu sorriso,
Da tua mão pousada no meu ombro.
Ouvir-te a murmurar:- Espera e confia!
E sentir converter-se em harmonia,
O que era, dantes, confusão e assombro."

Carlos Queirós

Nota do Editor: O ENIGMA da AMIZADE, era mais correcto.

sexta-feira, dezembro 19, 2003

Tristeza
A tristeza penetra-me como dois corpos que se amam.
Intensamente, repetidamente, num crescendo que parece não parar.



Nota do Editor: Recorro à memória e a textos de arquivo, já acredito que, hoje, as lágrimas eram suaves.

P.S."A tristeza é uma ciência" - disse-me O Sedentário

quinta-feira, dezembro 18, 2003

Milagre da multiplicação
Os amigos conseguem partilhar a felicidade que, muitas vezes, não têm.

NE: Gosto!!!


Hoje tive um sonho fantástico, estava a descer o Zambeze...

NE: O mais estranho é que descobri que o Zambeze era parecido com o Nilo.

terça-feira, dezembro 16, 2003

Sei que ainda me podiam apanhar os ventos de norte, nem sei se é isso que queria, não sei! Não percebo é o que vai dentro da “bomba cardíaca” (meu querido Carlos, esta é tua), ainda é tudo confuso, o equilíbrio não existe, tenho arritmias, descompensações; mas a beleza fascina-me, encontro-a nas mais pequenas coisas, nos mais pequenos detalhes, num prego numa parede de Vermeer (meu Deus que pormenor!), ou no sorriso; o sorriso fascina-me, desarma-me, hoje sorri para um cão que sorriu para mim, pensei que era uma careta, mas não, ele sorriu e eu retribuí, e com tanta empenho que dei um jeito no pescoço. O bicho era mesmo simpático...

Nota do Editor: Continuo a ver a beleza...
Palavras cheias de vinagre
Palavras cheias de pus
Horácio

As que ouço, as que leio, as que sinto, são palavras de hidromel e ambrósia.

Abraçar-te...
Queria abraçar a floresta.
Conhecer todas as árvores,
Todos os ramos, todos os nós,
Todas as folhas e cores.



P.S. Nem sei para quem é isto...

sábado, dezembro 13, 2003

Cada um de alturas diferentes
"Aquele tempo em que pensava estar apaixonado
e calmamente o disse
não era muito diferente do tempo
em que estava verdadeiramente apaixonado
e dormia pouco e falava em voz alta
para a parede
e descobria o génio escondido
das minhas mãos.
E aquele tempo em que me sentia menos apaixonado, menos que alguém,
era, para ser honesto, não muito diferente
também.
Cada um era ridículo à sua maneira
e simultanemente terno,
por vezes, até o falso é terno.
Fico estupefacto ao pensar
nos vários beijos de que éramos capazes.
Cada um despenhou-se de alturas
diferentes, e isso é simplesmente a lei.
E o grande barulho
da grande queda parecia perfeitamente branco
passados alguns anos.
Isso é o que me deixa mais estupefacto."

Stephen Dunn


Nota do Editor: Eu ainda vou na queda, tenho tendência para cair de muito alto, tento agarrar qualquer coisa, procuro tudo o que possa servir de suporte, mas não quero um galho quero a floresta.


Would you tell me, please, which way I ought to go from here?'
`That depends a good deal on where you want to get to,' said the Cat.
`I don't much care where--' said Alice.
`Then it doesn't matter which way you go,' said the Cat.
`--so long as I get somewhere,' Alice added as an explanation.
`Oh, you're sure to do that,' said the Cat, `if you only walk long enough.'

Alice's Adventures in Wonderland, Lewis Carroll
"Na vida, parece que o bem nem sempre vence; nos contos de encantar, porém, o mal sai vencido e o bem triunfa, graças a Deus, e o príncipe e a princesa vivem eternamente felizes. O autêntico conto de encantar proporciona sempre esta certeza, e talvez seja melhor assim, pois quando nós, mortais, perdemos a esperança e a fé na espantosa e perene força da bondade, perdemos a esperança e a fé em nós próprios e a vida deixa de parecer digna de ser vivida."

In "Histórias Maravilhosas do Oriente” , Pearl S. Buck

Nota do Editor: Ontem conheci a heroína de Lewis Carrol, encantadora!

sexta-feira, dezembro 12, 2003

Ontem...

1.
Ontem pensei
no meu amor por ti.
Recordei
as gotas de mel nos teus lábios
e lambi o açúcar
das paredes da minha memória.

2.
Por favor,
respeita o meu silêncio,
o silêncio é a minha melhor arma.
Escutaste as minhas palavras
quando fiquei silencioso?
Sentiste a beleza do que disse
quando não disse nada?

Nizar Kabanni

Nota do Editor: Ontem uma amiga leu este poema, eu tinha-o marcado num livro com um post-it; há quem veja somente as letras e as que ouvem emoções, e na Poesia, os sentimentos são os caracteres que compõem as palavras.

P.S. Perto da minha amiga sou aprendiz

quarta-feira, dezembro 10, 2003

Quero voar com alguém que queira voar.
Ir à Lua, a Júpiter, cruzar a Via Láctea, ser mais nobre, mais terno, mais carinhoso, mais atencioso, mais cheio de Amor, mais feliz!

Nota do Editor: Esta é a minha carta para o Pai Natal.

Adenda: Pai Natal, por favor, não me dês uma das tuas renas...

terça-feira, dezembro 09, 2003

Os dois sonetos de amor da hora triste
II
"Não um adeus distante
ou um adeus de quem não torna cá?,
nem espera tornar. Um adeus de até já,
como a alguém que se espera a cada instante.

Que eu voltarei. Eu sei que hei-de voltar
de novo para ti, no mesmo barco
sem remos e sem velas, pelo charco
azul do céu, cansado de lá estar.

E viverei em ti como um eflúvio, uma recordação.
E não quero que chores para fora,
amor, que tu bem sabes que quem chora

assim, mente. E, se quiseres partir e o coração
to peça, diz-mo. A travessia é longa... não atino
talvez na rota. Que nos importa, aos dois, ir sem destino."

Álvaro Feijó

Nota do Editor: Estou a continuar as arrumações, desta vez, é um daqueles louceiros com prateleiras de vidro... Fragil-handle with care
"Muitos beijinhos de todos os tamanhos"
"Um quarteirão de milhares de beijos"
"Um regimento de beijinhos"
"Milhões de beijos"
"Imensos beijos"
"Jinhos, jinhos e mais jinhos"
"Um beijo só durando todo o tempo que ainda o mundo tem de durar"
"Mil beijinhos, beijos e chi-corações"
"Beijos, beijinhos, beijões, beijocos, beijocas e beijerinzinhos"

in, "Cartas de Amor", Fernando Pessoa


Nota do Editor: Estes beijos estão a ser transplantados de um blog amigo, espero que não murchem... é o segundo transplante... roubei-os, inicialmente, a Ophelia...

Tive agora (00.26) um telefonema surreal, uma chamada de número incógnito e estive a falar com o meu eco.
O eco da minha voz era semelhante à voz do Carlos, ainda me ri com o Carlos...
Espera
"Hoje estava à tua espera
E não vieste.
E sei bem o que significa a tua ausência,
a tua ausência que alvoroçava
o vazio que deixaste,
como uma estrela.
Dizes que não me queres amar.
Como uma tempestade de verão
que se anuncia e depois se afasta,
assim te negaste à minha sede.
O amor, ao nascer,
tem desses arrependimentos inesperados.
Em silêncio nos entendemos.

Amor, amor, como sempre,
quisera cobrir-te de flores e de insultos."

Vincenzo Cardarelli

Nota do Editor: Este texto é fabuloso, pensamos que somos os únicos, que só nos acontece a nós e...

segunda-feira, dezembro 08, 2003

"Vaza-me os olhos"
Vaza-me os olhos: continuarei a ver-te,
tapa-me os ouvidos: continuarei a ouvir-te,
mesmo sem pés chegarei a ti,
mesmo sem boca poderei invocar-te,
Decepa-me os braços: poderei abraçar-te
com o coração como se fosse a mão.
Arranca-me o coração: palpitarás no meu cérebro.
E se me incendiares o cérebro,
levarte-ei ainda no meu sangue.

Reiner Maria Rilke

N.E. Mais um poema lindo!!! Não é fácil resistir... "abraçar-te com o coração..." uau!!!
Conta-me outra vez
"Conta-mo outra vez: é tão bonito
que não me canso nunca de escutá-lo.
Repete-mo outra vez que o par
do conto foi feliz até à morte.
Que ela nunca lhe foi infiel, que a ele nem sequer
lhe ocorreu enganá-la. E não te esqueças
de que, apesar do tempo e dos problemas,
continuaram beijando-se cada noite.
Conta-mo mil vezes por favor:
é a história mais bela que conheço."

Amallia Bautista

P.S. Parece tão simples, tão fácil... e viveram felizes para sempre...

N.E. Este poema, antes de vir para o blog, enviei-o para a minha Ritinha, merece...

domingo, dezembro 07, 2003

Ao perder-te...
1.
"Ao perder-te a ti perdemos os dois
eu porque tu eras o que eu mais amava
e tu porque eu era quem mais te amava.
Mas de nós os dois és tu quem perde mais
porque eu poderei amar outras como te amava a ti
mas a ti não te hão-de amar como eu te amava.
2.
Contaram-me que estavas apaixonada por outro
e então fui para o meu quarto
e escrevi um artigo contra o governo
razão pela qual estou preso."

Ernesto Cardenal

P.S. Tenho de escrever um artigo, é só o que me falta...

Eu amei-te...
"Eu amei-te; mesmo agora devo confessar,
algumas brasas desse amor estão ainda a arder;
Mas não deixes que isso te faça sofrer,
Não quero que nada te faça sofrer,
Não quero que nada te possa inquietar.
O meu amor por ti era um amor desesperado,
tímido, por vezes, e ciumento por fim.
Tão terna, tão sinceramente te amei,
que peço a Deus que outro te ame assim."

Aleksandre Puchkine

P.S. Só nunca senti ciúmes...

Nota do Editor: Usar poesia para arrumar ideias é um exercício que me dá prazer, quem nunca sofreu de amor que atire a primeira prosa.


Hoje fui às compras! O Natal está a ser uma época bastante difícil, dei por mim a chorar e a não comprar nada para ninguém, ofereci a mim mesmo uns "livritos" - "Livro de cabeceira da poesia portuguesa", (mais uma antologia poética) em dois volumes e "Histórias maravilhosas do Oriente" de Pearl S. Buck.
Fui para a Baixa com ideias concretas - vou comprar isto para esta, esta para este... mas quando a tristeza se instalou e cristalizou, o melhor foi correr para casa. Dei por mim a cantar - "I'm dreaming of a white christmas" - a pensar num milagre, a pensar que este ano devia nevar em Lisboa...


quinta-feira, dezembro 04, 2003

Ontem acabou por ser um bom dia, aliás, uma boa noite, é o que dá estarmos rodeados só por pessoas bonitas!

quarta-feira, dezembro 03, 2003

Estou em luta, os maus momentos continuam a suplantar os bons, preciso inverter esta conjuntura, não posso cair no erro de ficar preso no passado, no erro de amar quem não me ama, no erro triste de ser triste.